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Relatório do TCE mostra que, de 17 unidades de saúde na região, somente três têm desfibriladores em condições de uso

Outras cinco unidades em São José, Caraguatatuba e Jacareí têm o equipamento, mas não têm a certificação de calibragem adequada. Imagem de arquivo - Fis...

Relatório do TCE mostra que, de 17 unidades de saúde na região, somente três têm desfibriladores em condições de uso
Relatório do TCE mostra que, de 17 unidades de saúde na região, somente três têm desfibriladores em condições de uso (Foto: Reprodução)

Outras cinco unidades em São José, Caraguatatuba e Jacareí têm o equipamento, mas não têm a certificação de calibragem adequada. Imagem de arquivo - Fiscalização do TCE encontrou desfibriladores em condições de uso somente em três unidades de saúde na região Reprodução/TV Globo Um relatório divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) apontou que somente 3 das 17 unidades de saúde visitadas na região possuem o Desfibrilador Externo Automático (DEA) em condições para uso – equipamento que ajuda na redução da mortalidade em casos de parada cardíaca. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Na fiscalização, o TCE avaliou as condições de equipamentos e atendimentos. Duas dessas unidades são em São José dos Campos e uma em São Sebastião. Ainda segundo o relatório, outras cinco unidades em São José, Caraguatatuba e Jacareí têm o equipamento, mas não têm a certificação de calibragem adequada. O órgão apontou também que nove unidades em Caçapava, Campos do Jordão, Taubaté, Tremembé, Pindamonhangaba e Potim não contam com o DEA. Tanto a legislação estadual, quanto a municipal, em São José, exige que lugares com uma grande concentração de pessoas tenham o desfibrilador automático. A lei joseense, por exemplo, obriga que os locais com concentração média diária de 1,5 mil pessoas disponibilizem o equipamento. A medida vale para lugares como aeroporto, shopping, hotéis, clubes e supermercados. Caso o estabelecimento descumpra a lei, ele pode ser multado em R$ 2 mil. O desfibrilador automático é considerado um equipamento de apoio e não é obrigatório em unidades de saúde. A vistoria do TCE aconteceu neste mês em unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF). O Conselho Federal de Medicina (CFM) avalia que o DEA demanda um investimento alto, mas tem boa relação custo-benefício e, independentemente da legislação, deveria ser priorizado no planejamento das unidades de saúde. “A gente percebe que, infelizmente, não existe ainda a cultura do atendimento pré-hospitalar no Brasil. A gente tem a cultura de remover o primeiro paciente para o pronto-socorro em qualquer situação, e você não tem uma estrutura pré-hospitalar bem estabelecida no Brasil ainda. O resultado é a falta do DEA nessas unidades, tanto de saúde, quanto também unidades privadas”, explicou o vice-corregedor no CFM, Francisco Cardoso. O que dizem as prefeituras A prefeitura de Taubaté justificou que o Ministério da Saúde não estabelece o equipamento como obrigatório nas unidades de atenção primária à saúde. Já a prefeitura de Jacareí disse que já solicitou ao setor responsável a calibração e certificação dos aparelhos nas unidades citadas pelo TCE. A prefeitura de Caçapava informou que a unidade citada pelo Tribunal possui oxigênio, reanimador manual e medicações necessárias para emergências. A prefeitura de Caraguatatuba disse que está analisando o relatório para tomar as providências necessárias. Campos do Jordão reforçou que a unidade citada pelo TCE tem reanimador manual e que a equipe de enfermagem da cidade recebeu treinamento sobre reanimação recentemente. Já a prefeitura de Potim reforçou que a unidade citada pelo TCE não faz atendimentos de urgência. No caso de Pinda, a prefeitura informou que já iniciou o processo para compra de 14 desfibriladores automáticos, que vão para as maiores unidades de saúde da cidade, além da zona rural. Tremembé disse que não se enquadra na obrigatoriedade e que, em casos de emergência, a orientação é ligar no 192 imediatamente. Por fim, São José reforçou que a indisponibilidade da certificação no momento da avaliação do TCE foi uma falha pontual e que a nova calibração já está em andamento. Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina